Leitura literária como experiência para crianças hospitalizadas na ala de oncologia do Hospital Universitario de Santander (HUS)
Tradicionalmente, a leitura e a literatura infantil têm estado presentes no contexto escolar. Mas lá sua função
se limita a ensinar pedagogicamente ou moralmente: ler para aprender conteúdos curriculares ou lição morais
de bom comportamento. Diante dessa situação, surgiu a necessidade de explorar outros espaços - o hospital,
neste caso - onde a leitura e a literatura infantil tornaram-se experiências significativas, distantes das funções
ensino tradicionais. Que impacto a leitura literária teria nas populações e contextos hospitalares?
Objetivo: orientar a leitura literária como experiência significativa em pacientes-crianças do Hospital
Universitário Santander (HUS).
Metodologia: Estudo de caso, com abordagem qualitativa, de 3 pacientes crianças entre 4 e 5 anos, internados
no Hospital Universitário Santander (HUS). Durante um mês, os participantes receberam 4 sessões de leitura
presencial com histórias escolhidas de acordo com as necessidades de cada criança. O impacto foi avaliado
por meio de pesquisa estado de ânimo (antes e depois da leitura), diários de campo e entrevistas com cuidadores e funcionários do hospital.
Resultados: A intervenção teve um impacto positivo: após cada sessão de leitura, os estados negativos iniciais
dos pacientes-participantes diminuíram (inquietação, tristeza, preocupação, aborrecimento), enquanto os estados positivos aumentaram (alegria, tranquilidade, satisfação).
Conclusões: A leitura literária em contextos hospitalares não funciona apenas como atividade de lazer, mas
também como estratégia de apoio psicoemocional ao paciente-criança durante processo de adoecimento e
hospitalização. Da mesma forma, o acompanhamento dos pais durante o processo de leitura é essencial para
alcançou uma melhor aceitação da leitura pelas crianças-pacientes.