“Nic dwa razy”, “nada dos veces”, “nothing twice” : análise da tradução da poesia de Wisława Szymborska
Propósito: a comunicação entre culturas existiu graças a intérpretes e tradutores; os textos escritos apresentaram os povos. No entanto, na literatura, em particular na poesia, surge um paradigma de traduzibilidade e liberdade. Para ilustrá-lo, a partir da linha de estudos em tradutologia do grupo de pesquisa glotta, propo mos uma análise semântica das versões em espanhol e inglês do poema “Nagro-bek”, do prêmio Nobel de literatura de 1996 e uma das mais destacadas figuras da poesia polonesa, Wisława Szymborska.
Descrição: a análise realizada neste artigo, concebido sob a tipologia de reflexão, mostra que traduzir vai além do meramente linguístico; nossa ênfase tem como eixo central o sentido, o receptor-leitor e suas possíveis reações diante de três versões de tradução.
Ponto de vista: o referencial teórico gira ao redor da proposta da equivalência dinâmica e formal de Eugene Nida.
Conclusões: o efeito produzido por uma tradução não é idêntico ao original: varia nas versões propostas do mesmo texto de uma língua a outra. Concluímos que uma obra traduzida por vários tradutores, ainda que do mesmo original, nunca dará um único produto. É evidente num texto poético que é necessário distanciar-se do original para permitir-se liberdades e recriá-lo, pois, em tradução, “nada duas vezes”.