Artículos de investigación
Introdução: os hábitos orais interferem no desenvolvimento das funções do sistema estomatognático, por
isso são um fator etiológico no desenvolvimento das maloclusões.
Objetivo: comparar a frequência de hábitos orais e sua relação com maloclusão em crianças de 4 a 12 anos
de idade em Luis Potosí-México e Medellín-Colômbia.
Método: estudo descritivo-transversal; a amostra foi por conveniência de 598 crianças de 4 a 12 anos de
idade (299 por cidade). Para a análise dos dados, foi elaborada uma tabela de contingência com qui-qua-
drado e utilizado o programa spss versão 21.
Resultados: o hábito oral de maior frequência para o total da amostra foi a onicofagia. Ao comparar a amos-
tra em ambas as cidades, em San Luis Potosí, a onicofagia apresentou a maior frequência e, em Medellín, a
respiração bucal. Em San Luis Potosí, a maioria das crianças com algum hábito tinha relação molar classe
i, exceto aqueles com deglutição atípica, os quais apresentaram maloclusão classe iii . Do ponto de vista
estatístico, a deglutição atípica foi o hábito que apresentou maior significância em relação com a presença
de maloclusões no total da amostra. Também se constatou uma relação direta entre a presença entre a
presença de mordida cruzada posterior e a sucção digital em San Luis Potosí (p ≤ 0,05).
Conclusões: a deglutição atípica e a mordida aberta estão diretamente relacionadas, o que sugere que a
função da deglutição pode ser um fator causal de maloclusão; além disso, encontrou-se uma relação direta
entre sucção digital e mordida cruzada posterior.
Palavras-chave:
hábito, maloclusão, mordida aberta, onicofagia, sucção