Circuitos curtos de comercialização (CCC) : Uma abordagem desde as experiências agroecológicas no território Brasileiro
Este artigo discute as formas de comercialização de produtos agroalimentares de base agroecológica de famílias agricultoras, através dos circuitos curtos; a partir da construção social de mercados como um ato político pelos produtores e consumidores. Para essa análise, foi realizada uma revisão bibliográfica abordando aspectos teóricos da construção social dos mercados e experiências no território brasileiro referente a circuitos curtos de comercialização. Os resultados mostram que todas essas experiências, a partir de suas particularidades e diferentes estratégias, têm feito um trabalho importante na promoção do comércio justo e da economia solidária. Entretanto, ressaltam-se os processos de construção social de mercados, que involucram famílias agricultoras organizadas e grupos de consumo responsável, que tem demostrado como as relações de proximidade, conhecimento e confiança, entre produção e consumo facilitam os processos de comercialização via circuitos curtos de comercialização, com relação a outros canais como o mercado institucional e programas de governo, que se compõem de diferentes procedimentos burocráticos, que evidentemente dificultam a comercialização dos produtos da agricultura familiar.
Andrade, D. P. (2016). Ação coletiva de agroextrativistas em circuitos curtos de comercialização de produtos do cerrado: estudo de caso em Pirenópolis – GO.(Dissertação de Mestrado em Agronegócio). Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília. Brasília, Brasil. https://core.ac.uk/download/pdf/80745896.pdf
Associação dos Servidores e Funcionários do Comércio do Brasil / Ministério de Desenvolvimento Social ASCOM/MDS. (2012). Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA): Renda para quem produz e comida na mesa de quem precisa. http://www.mds.gov.br/sagi
Becker, C.; da Silva A. F. e Mielke de Medeiros, P. (2013). Inovação e controle social na produção e comercialização de alimentos ecológicos: institucionalizando a confiança? Revista Agriculturas: Experiências em Agroecologia/Construção Social dos mercados.10(2), 18–21 http://aspta.org.br/revista/v10-n2-construcao-social-dos-mercados/
Bensadon, L. S. e Langenbach, M. (2017). Fomentando novos grupos de consumo responsável: a experiência do curso da Rede Ecológica no Rio de Janeiro. En Rodrigues Gonçãlves, J. y Silva Mascarenhas, T. (2017). Consumo Responsável em Ação: Tecendo relações solidárias entre o campo e a cidade. (pp. 110 – 117). São Pablo, Brasil: Editorial Kairós.
Boaventura de Souza Santos. (2002). Produzir para viver: os caminhos da produção não capitalista.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. https://n9.cl/hxypv
Cabanes, M. y Gómez López, J. D. (2014). Economía social y Soberanía Alimentaria. Aportaciones de las cooperativas y asociaciones agroecológicas de producción y consumo al bienestar de los territorios. CIRIEC – España. Revista de Economía Pública, Social y Cooperativa, (82), 127–154. https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/45086/1/2014_Cabanes_Gomez_CIRIEC.pdf
Caporal, F. R. e Petersen, P. (2012). Agroecologia e políticas públicas na América Latina: O caso do Brasil. Agroecología(6), 63-74. https://revistas.um.es/agroecologia/article/view/ 160681/140551
Calle Collado, Á., Gallar, D. y Candón, J. (2013). Agroecología política: la transición social hacia sistemas agroalimentarios sustentables. Revista de Economía Crítica, (16), 244–277. http://revistaeconomiacritica.org/sites/default/files/08_ColladoGallarCandon.pdf
Comisión Económica para América Latina y el Caribe CEPAL. (2014). Agricultura familiar y circuitos cortos. Nuevos esquemas de producción, comercialización y nutrición. ONU. Santiago de Chile. http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/36832/s2014307_es.pdf?sequence=1
Chaffotte, L. et Chiffoleau, Y. (2007). Vente directe et circuits courts: évaluations, définitions et typologie. Cahiers de l ́ObservatoireCROC, Montpellier. http://pm22100.net/docs/pdf/04_CC_VD/130128_Cahier_de_l_Obs1-INTERNET.pdf
Compêndio de Estudos Companhia Nacional de Abastecimento CONAB. (2017). Programa de Aquisição de Alimentos–PAA: Resultados das Ações da Conab em 2016. Brasilia DF: Conab Companhia Nacional de Abastecimento. https://www.conab.gov.br/institucional/publicacoes/compendio-de-estudos-da-conab?start=10
Chavante, B. S., Gonçalves, M. L., Freitas, C.G., Sousa, R. e Amaral, W. R. (2017). Encurtando caminhos entre produtores e consumidores: Ação teste de comercialização de produtos orgânicos no nordeste paraense. Castanhal: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do ParáIFPA–Campus Castanhal/Núcleo de Estudos em Educação e Agroecologia da Amazônia NEA.
CSA BRASIL (2019). Comunidades que Sustentam a Agricultura–Brasil.http://www.csabrasil.org/csa/
Darolt, M. R. (2013). Circuitos Curtos de comercialização de alimentos ecológicos: reconectando produtores e consumidores. En Niederle, P. A.; Almeida, L. y Machado Vezzani, F. (Orgs).Agroecologia: Práticas, mercados e políticas para uma nova agricultura. (pp. 139 - 170). Curitiba: Kairós. http://aspta.org.br/wp-content/uploads/2013/07/AGROECOLOGIA-praticas-mercados-e-politicas.pdf
Darolt, M. R., Lamine, C. e Brandemburg, A. (2013). A diversidade dos circuitos curtos de alimentos ecológicos: ensinamentos do caso brasileiro e francês. Revista Agriculturas: Experiências em Agroecologia/Construção Social dos mercados. (2), 8-13. http://aspta.org.br/revista/v10-n2-construcao-social-dos-mercados/Ferreira de Moura, I. (2017). Antecedentes e aspectos fundantes da agroecologia e da produção orgânica na agenda das políticas públicas no Brasil. En Sambuichi R. H., Ferreira de Moura, I., Mansor de Mattos, L., de Ávila, M. L., Campos Spinola, P. A. y Moreira da Silva, A. P. (Orgs.). Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica no Brasil: Uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável. (pp. 25-51). Brasilia: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Finatto, R. A. e Corrêa, W. K. (2010). Desafios e perspectivas para a comercialização de produtos de base agroecológica: Ocaso do município de Pelotas/RS. Revista Brasileira de Agroecologia, 5(1), 95–105. http://revistas.aba-agroecologia.org.br/index.php/rbagroecologia/article/view/9669
Germany Gaiger, L. I. (2003). A economia solidaria diante do modo de produção capitalista. Revista quadrimestral de Ciências Sociais do Centro de Estudos e Pesquisas em Humanidades da Universidade Federal da Bahia. Caderno CRH. (39), 181 – 211. https://portalseer.ufba.br/index.php/crh/article/view/18642/12016
Giehl Zanetti von Dentz, B. e Bender, P. M. (2016). Um novo olhar sobre a definição de circuitos curtos de produção e comercialização: situações na região da Grande Florianópolis. Campo – Território:Revista de Geografia Agrária,11(24), 156–172. http://www.seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/34055
Gomes da Silva, M. y Gomes Amorim Junior, P. (2013). Inovações organizacionais para a construção de mercados locais e solidários em Espera Feliz (MG). Revista Agriculturas: Experiências em Agroecologia/Construção Social dos Mercados. 10(2), 14 – 17. http://aspta.org.br/revista/v10-n2-construcao-social-dos-mercados/
Gonçalves, J. e Mascarenhas, T. (2017). As várias faces do sistema alimentar e a experiência da Rede Brasileira de Grupos de Consumo Responsável. En: Rodrigues Gonçalves, J. y Silva Mascarenhas, T. (Orgs.). Consumo Responsável em Ação: Tecendo relações solidários entre o campo e a cidade. (pp. 71–87). São Paulo: Kairós.
Gonzaga, N., Guerra, G. e Rocha, A. (2016). GRUCA (Grupo para Consumo Agroecológico): autogestão e cooperação entre consumidores e produtores da Feira Orgânica de Belém e do Assentamento Mártires de Abril (Mosqueiro – Belém – Pará). Cadernos de Agroecologia,10(3). http://revistas.aba-agroecologia.org.br/index.php/cad/article/view/17381
González Calo, I., Giménez, T., Ramos R. y Renting, H. (2012). Circuitos cortos de comercialización en Andalucía: un análisis exploratorio. Revista Española de Estudios Agrosociales y Pesqueros. (232), 193–227. https://ageconsearch.umn.edu/record/187169/
González de Molina, M. y Caporal, F. R. (2013). Agroecología y política. Como conseguir la sustentabilidad? Sobre la necesidad de una agroecología política. Agroecología, 8(2), 35–43. https://revistas.um.es/agroecologia/article/view/212171/168391
Guzzatti, C. T., Sampaio, C. A. e Turnes, V. A. (2014). Novas relações entre agricultores familiares e consumidores: perspectivas recentes no Brasil e na França. Organizações Rurais e Agroindustriais, 16(3), 363–375. Universidade Federal de Lavras (MG). http://200.131.250.22/revistadae/index.php/ora/article/view/852/453
Instituto Kairós. (2017). Apresentação. En Rodrigues Gonçalves, J. y Silva Mascarenhas, T. (Orgs.). Consumo Responsável em Ação: Tecendo relações solidárias entre o campo e a cidade. (pp 16–21). São Paulo: Kairós.
Mascarenhas, T. e Gonçalves, J. (2017). Fome de mudança: os desafios da alimentação saudável e de sua democratização. En: Rodrigues Gonçalves, J. y Silva Mascarenhas, T. (Orgs.). Consumo Responsável em Ação: Tecendo relações solidárias entre o campo e a cidade. (pp. 27–42). SãoPaulo: Kairós.
Navas da Silva, R. (2014). Políticas públicas agroecológicas para comunidades quilombolas: um estudo de caso a partir do território. Piracicaba, São Paulo, Brasil. (Tese de doutorado em Ciências. Área de concentração: Ecologia Aplicada). Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Quiroz” Centro de Energia Nuclear na Agricultura. São Paulo. Brasil. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-06102014-160842/en.php
Paglioco Nava, A. O. e Alves S. Olival, A. (2017). Integração produtores e consumidores: uma nova relação de consumo / A experiência do SISCOS na Amazônia Mato – grossense. En: Rodrigues Gonçalves, J. y Silva Mascarenhas, T. (Orgs.). Consumo Responsável em Ação: Tecendo relações solidárias entre o campo e a cidade. (pp. 100–109). São Paulo: Kairós.
Perez Cassarino, J. e Duarte Damasco Ferreira, A. (2013). Agroecologia, construção social de mercados e a constituição de sistemas agroalimentares alternativos: uma leitura a partir da rede ecovida de agroecologia. En Niederle, P. A., Almeida, L. y Machado Vezzani, F. (Orgs.). Agroecologia: Práticas, mercados e políticas para uma nova agricultura. (pp. 171 - 214). Curitiba: Kairós. http://aspta.org.br/wp-content/uploads/2013/07/AGROECOLOGIA-praticas-mercados-e-politicas.pdf
Régo, D. (2017). O contexto brasileiro da produção ao consumo e uma experiência baiana que constrói alternativas. En: Rodrigues Gonçalves, J. y Silva Mascarenhas, T. (Orgs.). Consumo Responsável em Ação: Tecendo relações solidárias entre o campo e a cidade. (pp. 100–09). São Paulo: Kairós.
Resende de Melo, D. (2017). Ações voltadas aos circuitos curtos de comercialização da Agricultura familiar e suas contribuições para o desenvolvimento econômico: Um estudo do território do médio e baixo Jequitinhonha em Minas Gerais. Belo Horizonte: Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho da Fundação João Pinheiro. https://n9.cl/abezw
Secretaría Nacional de Seguridad Alimentaria y Nutricional, SAN. (2012). Marco de Referencia de Educación Alimentaria y Nutricional para las Políticas Públicas. Ministerio de Desarrollo Social y Combate al Hambre MDS. Brasilia, DF. www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/marcoEANespanhol.pdf
Sevilla Guzmán, E., Soler Montiel, M., Gallar Hernández, D., Vara Sánchez, I. y Calle Collado, Á. (2012). Canales cortos de comercialización alimentaria en Andalucía. Instituto de Sociología y Estudios Campesinos. Universidad de Córdoba. Fundación Pública Andaluza Centro de Estudios Andaluces y Consejería de la Presidencia e Igualdad. https://www.juntadeandalucia.es/export/drupaljda/CCC_alimentaria_en_Andalucia_2012.pdf
Schubert, M. y Schneider, S. (2016). Construção social de mercados e as tendências de consumo: o caso do pavilhão da Agricultura Familiar da EXPOINTER RS. Ciências Sociais Unisinos, 52(3), 373-382. http://www.revistas.unisinos.br/index.php/ciencias_sociais/article/view/csu.2016.52.3.08/5757
Scarpa Bensadon, L., Silva Mascarenhas, T. e Gonçalves, J. (2016). A atuação dos grupos de consumo responsável no Brasil: expressões de práticas de resistência e intercâmbios em rede. Revista Antropolítica. (41), 205–232. Rio de Janeiro. Pontifícia Universidade Católica do Rio deJaneiro (PUC – RIO). http://www.revistas.uff.br/index.php/antropolitica/article/view/493/298
Singer, P. (2002). Introdução à Economia Solidaria. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. https://bibliotecadigital.fpabramo.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/22/Introducao-economia-solidaria-WEB-1.pdf?sequence=1
Sociedade Cooperativa Motirõ. (2014). Redes de comercialização no litoral paranaense: Feiras de agricultura familiar e grupos de consumo responsável. Matinhos, Paraná, Brasil: Motirõ.
Viegas, M. (2016). Agroecologia e circuitos curtos de comercialização num contexto de convencionalização da agricultura orgânica. (Dissertação de Mestrado em Agroecossistemas). Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis SC: UFSC. Brasil. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/168107
Vivas, E. (2008). La cadena agroalimentaria: un monopolio de origen a fin. Centro de Estudios sobre Movimientos Sociales. Universidad Pompeu Fabra. Centro de Investigación para la paz. (CIP – Ecosocial) – Boletín ECOS. (4), 1-9. http://www.fuhem.es/media/ecosocial/File/Boletin%20ECOS/Boletin%204/Cadena%20alimentaria%20_VIVAS.pdf
Urgenci (2019) The International network for Community Supported Agriculture. Red Internacional para participantes de CSA en diversos paises. http://www.csabrasil.org/csa/
Yamamoto, A. (2006). Por que continuamos juntos? Reciprocidade, mudança cultural e relações de poder entre o urbano e o rural. (Dissertação de Mestrado em Sociología). Universidade Federal do Ceará. Fortaleza 2006. http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/1264/1/Art_2006_A.Yamamoto.pdf
Copyright (c) 2021 Cooperativismo & Desarrollo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor deve declarar que seu trabalho é original e inédito e que não foi enviado à avaliação simultânea para sua publicação por outro meio. Além disso, deve garantir que não tem impedimentos de nenhuma natureza para a concessão dos direitos previstos no contrato.
O autor se compromete a esperar o parecer da revista Cooperativismo & Desarrollo antes de considerar sua apresentação a outro meio; caso a resposta de publicação seja positiva, compromete-se em responder por qualquer ação de reivindicação, plágio ou outro tipo de reclamação que possa ocorrer por parte de terceiros.
Ainda, deve declarar que, como autor ou coautor, está completamente de acordo com os conteúdos apresentados no trabalho e ceder todos os direitos patrimoniais, isto é, sua reprodução, comunicação pública, distribuição, divulgação, transformação e demais formas de utilização da obra por qualquer meio ou procedimento, pelo termo de sua proteção legal e em todos os países do mundo, ao Fundo Editorial da Universidad Cooperativa de Colombia, de maneira gratuita e sem compensação monetária.