A narrativa visual de uma arteducadora bubi e galega viaja até as aulas das suas duas origens
Introdução: O presente artigo partilha as possibilidades da autobiografia para explorar por médio das artes a realidade migrante, o gênero, a raça ou o sentido de pertença e partilhar essa procura nas aulas. Metodologia: Partindo da história de vida da autora —uma mulher preta, bubi (povo autóctone da ilha de Bioko, Guiné Equatorial) e galega (Galiza, Espanha) que mora num território comumente branco—, creia-se uma metodologia de Investigação Baseada nas Artes protagonizada por lembranças visuais obtidas do arquivo fotográfico doméstico e microrrelatos conectados com experiências racistas. Resultados: Conectando a intimidade dessa autopercepção com um discurso afro, comum e coletivo, extrapolam-se as vivências e completam-se com referentes artísticos e bibliográficos, obtendo-se assim estratégias artísticas educativas para mostrar ao corpo estudantil um discurso decolonial, antirracista e afrofeminista com o que trabalhar o autoconhecimento, o respeito e a não discriminação no grupo. Conclusões: A realidade diaspórica da autora contada por meio das artes gera um impacto na educação chegando às aulas de distintos centros educativos da Espanha, do Canadá, da Índia e da Guiné Equatorial. De todos eles, este artigo centra-se na posta em prática nas suas duas origens: Oleiros (A Corunha, Galiza, Espanha) e Ela Nguema (Malabo, Guiné Equatorial).