As ações coletivas em Catatumbo como forma de reconfiguração ocupacional do setor agrícola
O conflito armado na Colômbia gerou consequências econômicas e sociais que afetam a compreensão do
desenvolvimento local e regional e também trazem consigo problemas de controle da terra em territórios comvantagens geoestratégica como é o caso de Catatumbo. Essa região sofreu o assentamento de grupos armados que geram rupturas culturais e que também limitam os projetos e expectativas ocupacionais de seus habitantes, o que se traduz em um Índice de Vulnerabilidade territorial que revela altos índices de desemprego, violação de direitos humanos e restrição de processos de participação social. É por esse motivo que este capítulo analisa as formas de resistência coletiva e sua relação com as mudanças nas práticas produtivas e ocupacionais dos camponeses na região de Catatumbo. Para isso, é importante analisar o que se entende por ação coletiva, entender as formas de ocupação e as expectativas ocupacionais de um grupo de camponeses, sob um quadro metodológico de pesquisa-ação com três técnicas de coleta de informações: entrevistas; observação e oficinas. Os resultados permitiram identificar formas de resistência no território em associatividade, solidariedade cotidiana e alianças estratégicas; Ações coletivas que determinam os papéis, a história pessoal e as projeções ocupacionais de seus habitantes com base em entendimentos individuais e coletivos, que finalmente reconfiguram o território e a ocupação em busca de alternativas para o desenvolvimento territorial.