Associação do nível de atividade física e aptidão física com a função cognitiva de pacientes em hemodiálise

Artigos originais de pesquisa
Juliedy Waldow Kupske

Universidade de Cruz Alta

Thaís Severo Dutra

Universidade de Cruz Alta

Giovani Firpo Del Duca

Universidade Federal de Santa Catarina

Aparecido Pimentel Ferreira

Centro Universitário ICESP

Paulo Ricardo Moreira

Universidade de Cruz Alta

Moane Marchesan Krug

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Rodrigo de Rosso Krug

Universidade de Cruz Alta

Este estudo teve como objetivo correlacionar a função cognitiva com o nível de atividade física (naf) e com a aptidão física ao longo do período de três anos de pacientes submetidos à Hemodiálise e comparar o naf e a aptidão física ao longo desse tempo dos pacientes com e sem problemas cognitivos. Para tanto, foi realizado um estudo de coorte, incluindo os pacientes avaliados entre 2018 e 2020, por meio do Mini Exame de Estado Mental, prontuário físico funcional, teste de flexão de antebraço, teste de sentar e levantar, teste de força de preensão manual (fpm) e pelo monitor de atividade física. A análise dos dados foi realizada pelo teste de Correlação de Pearson e pelo teste T de Student pareado e seu equivalente não paramétrico quando necessário, com nível de significância de 5%. Os resultados mostraram que a função cognitiva avaliada nos diferentes anos da pesquisa correlacionou-se positivamente com a aptidão física e com o naf: em 2018, com a fpm (r = 0,313; p = 0,019); em 2019, com a aptidão cardiorrespiratória (r = 0,288; p = 0,038), com a fpm (r = 235; p = 0,033) e com o naf em dia de hd (r = 359; p = 0,010) e em dia sem tratamento (r = 314; p = 0,026); e em 2020, com o naf em dia sem hd (r = 387; p = 0,014). Além disso, pacientes sem provável déficit cognitivo obtiveram maiores valores no naf e na aptidão física em todos os anos de análise em relação àqueles com provável déficit cognitivo: em 2018, essa diferença foi significativa na fpm e no naf em dia contrário à hemodiálise; em 2019, na aptidão cardiorrespiratória e no naf em dia contrário ao tratamento; e em 2020, na aptidão cardiorrespiratória, fpm e naf em ambos os dias. Conclui-se que pacientes com maior naf e melhor aptidão física apresentaram melhor função cognitiva, sugerindo a importância da prática de atividade física como alternativa eficaz na melhora da aptidão física e consequentemente da função cognitiva de pacientes em HD.

 

Palavras-chave: Insuficiência renal crônica, fenômenos fisiológicos musculoesqueléticos e neurais, desempenho físico funcional, atividade motora, cognição
Publicado
2023-11-30
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https://plu.mx/plum/a/?doi=10.16925/2382-3984.2023.01.03