Pensamento social e posicionamento político : representações sociais da direita e da esquerda na Colômbia
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
email: mensajerodevida@gmail.com
Universidade Federal do Espírito Santo-UFES
email: alvarorafael.peixoto@gmail.com
Universidade Federal da Paraíba-UFPB
email: arr.torres@gmail.com
Introdução: As representações sociais são teorias do senso comum sobre um objeto polêmico construídas consensualmente pelos grupos. Do ponto de vista da epistemologia interacional, trata-se de formas do pensamento social ou esquemas de interpretação do mundo diretamente associados às práticas sociais, quer dizer, à forma como os grupos se comportam.
Objetivos: 1) Identificar a possível representação social da ‘direita’ e da ‘esquerda’ na Colômbia. 2) Estabelecer a relação entre o efeito mobilizador do rótulo e a adesão ou rejeição de postulados advindos de ambas a vertentes ideológicas.
Método: Aplicou-se um questionário em 104 colombianos adultos, segmentados de acordo com a sua orientação ideológica de direita, esquerda ou centro. O questionário continha uma técnica de associação livre de palavras (TALP), a partir da qual foi realizada uma análise prototípica e uma análise de similitude; e uma escala Likert, como base para a realização de uma análise de variância (ANOVA).
Resultados: Identificou-se uma possível representação social da direita estruturada em torno da figura do ex-presidente Álvaro Uribe e duas possíveis representações da esquerda, uma associada ao comunismo e mais outra ligada às expectativas pela consolidação do processo de paz. Embasado na teoria da identidade social também foi possível evidenciar nos eleitores de esquerda o efeito mobilizador do rótulo como ativador de uma representação social vinculada à identidade grupal.
Abric, J-C. (1994). Pratiques sociales et représentations. París: Francia: Presses Universitaires de France.
Alto Comisionado para la Paz de Colombia. (2016). Acuerdo general para la terminación del conflicto y la construcción de una paz estable y duradera. Recuperado de http://www.altocomisionadoparalapaz.gov.co/procesos-y-conversaciones/Documentos%20compartidos/24-11-2016NuevoAcuerdoFinal.pdf
Álvaro, J.L., & Garrido, A. (2006). Psicologia Social: perspectivas psicológicas e sociológicas. São Paulo (SP): McGraw-Hill.
Amâncio, L. (2004). Identidade social e relações intergrupais. In J. Vala & M.B. Monteiro (Orgs.), Psicologia Social (pp. 387-400). Lisboa: Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian.
Basset, Y. (2018). Claves del rechazo del plebiscito para la paz en Colombia. Estudios Políticos, 52, 241-265. doi: 10.17533/udea.espo.n52a12
Botero, S. (2017). El plebiscito y los desafíos de consolidar la paz negociada en Colombia. Revista de Ciencia Política, 37(2), 368-388. Recuperado de https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0718-090X2017000200369&lng=es&nrm=iso
Cabecinhas, R. (2007). Preto e branco: A naturalização da discriminação racial. Oporto: Portugal: Campo das Letras.
Cardona, L.M., y Londoño, C.A. (2018). La retórica del miedo como estrategia política: el plebiscito por la paz en Colombia. Forum, 14, 43-68. Recuperado de https://revistas.unal.edu.co/index.php/forum/article/view/69614
Casey, N. (2016). Colombia and FARC Reach Deal to End the America’s Longest War. New York Times, 24 de agosto. Recuperado de https://www.nytimes.com/2016/08/25/world/americas/colombia-farc-peace-deal.html
Castells, M. (2013). Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Río de Janeiro (RJ): Zahar
Castorina, A. (2016). El significado del marco epistémico en la teoría de las representaciones sociales. Cultura y representaciones sociales, 11(21), 79-108. Recuperado de http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2007-81102016000200079&lng=es&nrm=iso
Centro Nacional de Memoria Histórica de Colombia-CNMH. (2013). ¡Basta ya! Memorias de guerra y dignidad: Informe general Grupo de Memoria Histórica. Recuperado de http://www.centrodememoriahistorica.gov.co/descargas/informes2013/bastaYa/basta-ya-memorias-guerra-dignidad-new-9-agosto.pdf
Dancey, C., & Reidy, J. (2006). Estatística sem matemática para a psicologia: Usando SPSS para Windows. Porto Alegre (RS): Artmed.
Deschamps, J-C., y Moliner, P. (2009). A identidade em psicologia social: Dos processos identitários às representações sociais. Petrópolis: Brasil: Editora Vozes.
Echeverri, G., & Andrade, R. (2019). Redes sociais digitais: a lógica do pensamento social em eventos de mobilização coletiva. Polêmica, 19(2), 1-17. doi: 10.12957/polemica.2019.46672
Fiske, S. (1998). Stereotyping, prejudice, and discrimination. In D. Gilbert, S. Fiske y G. Lindzey (Eds.), The handbook of social psychology (pp. 357-411). New York (NY): McGraw-Hill.
Gaymard, V. (2016). Colombie: la signature des accords de paix, une journée historique. Radio France International (RFI), 24 de agosto, Recuperado de http://www.rfi.fr/ameriques/20160925-colombie-signature-accords-paix-journee-historique-farc-carthagene
Guess, A., Nyham, B. y Reifler, J. (2018). Selective Exposure to Misinformation: Evidence from the consumption of fake news during the 2016 U.S. presidential campaign. Bruselas: European Research Council. Recuperado de https://www.dartmouth.edu/~nyhan/fake-news-2016.pdf
Gómez, R.M. (2017). El plebiscito sobre la paz en Colombia: la legítima búsqueda de la paz en un contexto antagónico. Revista de Derecho y Ciencias Sociales, 13, 265-278. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6778199
Jodelet, D. (1989). Représentations sociales: un domaine en expansion. In D. Jodelet (Ed.), Les Représentations Sociales (pp. 45-78). París: Francia: Presses Universitaires de France.
Marková, I. (2006). Dialogicidade e representações sociais: a dinâmica da mente, tradução de Hélio Magri Filho. Petrópolis (RJ): Vozes.
Marques, J. (1988). Categorização social, identidade social e homogeneidade de outgroup: uma análise conceptual. Análise Psicológica, 3-4 (VI), 279-305.
Marques, J., y Páez, D. (2004). Processos cognitivos e estereótipos sociais. In J. Vala & M. B. Monteiro (Eds), Psicologia Social (pp. 333-384). Lisboa: Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian.
Melo, J. O. (2017). Historia mínima de Colombia. Madrid: España: Turner Publicaciones.
Moscovici, S. (1961). La psychanalyse, son image et son public. París, Francia : Presses Universitaires de France.
Oliveira, D.C., Marques, S.C., Gomes, A.M.T, y Teixeira, M.C.T.V. (2005). Análise das Evocações Livres: uma técnica de análise estrutural das representações sociais. In A.S. P. Moreira, B.V. Camargo, J.C. Jesuíno, y S.M. Nóbrega (Orgs.), Perspectivas Teórico-Metodológicas em Representações Sociais (pp. 573-603). João Pessoa (PB): Editora Universitária da Universidade Federal da Paraíba.
Polonski, V. (2016). Impact of social media on the outcome of the EU referendum. Blog Views from Oxford. Recuperado de http://www.ox.ac.uk/news-and-events/oxford-and-brexit/brexit-analysis/views-from-oxford
Real, R., y Vargas, M. (1996). The probabilistic basis of Jaccard's index of similarity. Systematic biology, 45(3), 380-385. doi: 10.1093/sysbio/45.3.380
Rhem, L. (2014). La construcción de las subculturas políticas en Colombia: Los partidos políticos como antípodas políticas durante La Violencia, 1946-1964. Historia y Sociedad, 27, 17-48. doi: 10.15446/hys.n27.44582
Rouquette, M.-L. (1994). Sur la connaissance des masses: essai de psychologie politique. Grenoble, Francia: Presses Universitaires de Grenoble.
Rouquette, M.-L. (1998). La communication sociale. París: Francia: Dunod.
Sá, C. P. (1998). A construção do objeto de pesquisa em representações sociais. Petrópolis: Brasil: Vozes.
Sá. C.P. de (2015). Estudos de Psicologia Social: história, comportamento, representações e memória. Río de Janeiro, RJ: EdUERJ.
Tajfel, H., y Wilkes, A. (1963). Classification and quantitative judgement. British Journal of Psychology, 54, 101-114.
Uribe-Mallarino, C. (2008). Estratificación social en Bogotá: de la política pública a la dinámica de la segregación social. Universitas Humanística, 65, 139-171. Recuperado de http://www.scielo.org.co/pdf/unih/n65/n65a08.pdf
Vergès, P. (1994) Approche du noyau central: propriétés quantitatives et structurales. In C. Guimelli, Structures et transformations des représentations sociales (pp. 233-253). París: Francia: Delachaux et Niestlé.
Wachelke, J. y Wolter, R. (2011). Critérios de construção e relato da análise prototípica para representações sociais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(4), 521- 526. doi: 10.1590/S0102-37722011000400017
Wolfsfeld, G., Segev, E. y Sheafer, T. (2013). Social Media and the Arab Spring: Politics Comes First. The International Journal of Press/Politics, 18(2), 115-137. doi:10.1177/1940161212471716
Copyright (c) 2021 Pensando Psicología

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor deve declarar que seu trabalho é original e inédito e que não foi enviado à avaliação simultânea para sua publicação por outro meio. Além disso, deve garantir que não tem impedimentos de nenhuma natureza para a concessão dos direitos previstos no contrato.
O autor se compromete a esperar o parecer da revista Pensando Psicología antes de considerar sua apresentação a outro meio; caso a resposta de publicação seja positiva, compromete-se em responder por qualquer ação de reivindicação, plágio ou outro tipo de reclamação que possa ocorrer por parte de terceiros.
Ainda, deve declarar que, como autor ou coautor, está completamente de acordo com os conteúdos apresentados no trabalho e ceder todos os direitos patrimoniais, isto é, sua reprodução, comunicação pública, distribuição, divulgação, transformação e demais formas de utilização da obra por qualquer meio ou procedimento, pelo termo de sua proteção legal e em todos os países do mundo, ao Fundo Editorial da Universidad Cooperativa de Colombia, de maneira gratuita e sem compensação monetária.