Práticas de economia solidária para a reprodução da vida nas comunidades autônomas zapatistas de Chiapas, México

Artículo de Investigación
Armando Gómez Gómez

Universidad Autónoma Chapingo

De 1994 a 2001, a luta do movimento zapatista em Chiapas foi marcada por diferentes conversas e demandas que visavam o cumprimento dos Acordos de San Andrés assinados em 1996. Quando isso não foi alcançado, o movimento indígena aprofundou na prática sua reivindicação por autonomia e iniciou iniciativas econômicas alternativas, particularmente como sistemas coletivos e cooperativos que se desenvolveram sem o apoio do governo. Tais práticas têm sido pouco documentadas devido à dificuldade de acesso direto à informação. Este artigo apresenta os resultados da pesquisa qualitativa realizada com o objetivo de tornar visíveis as práticas de economia solidária, baseadas na autonomia e na resistência, no município Alteño de San Andrés Larrainzar, Chiapas, detalhando a importância do Fundo da Comunidade Autônoma Zapatista (FONCAZ ) como forma de estimular a reprodução da vida. Constatou-se que essas experiências subalternas baseadas na solidariedade, na equidade, na democracia direta e no cuidado com a natureza têm funcionado não apenas para resistir, mas para construir e reproduzir a vida, gerando um poder comunitário capaz de resolver seus próprios problemas e, ao mesmo tempo, estabelecendo um horizonte de mudança diante da atual destruição do capitalismo.

Palavras-chave: economia solidária, fundo comunitário, reprodução da vida, autonomia, resistência
Publicado
2023-07-31
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https://plu.mx/plum/a/?doi=10.16925/2382-4220.2023.02.05